Prefeitura dá prazo para reaver o Poliesportivo

Depois de dar a entender, em uma entrevista na Rádio Piratininga, que a Prefeitura de São José dos Campos poderia reaver o Poliesportivo da Vila Industrial e compensar o São José EC, o prefeito Eduardo Cury deu prazo para que a situação se resolva nas negociações com o Conselho Deliberativo do clube: 3 meses.

Este é o prazo para que o Conselho dê uma resposta positiva ou não sobre a negociação de troca, que não envolveria valores em espécie para o clube. Na audiência pública realizada com os moradores da Vila Industrial, o vereador Jairo Santos e representantes do bairro cobraram uma solução para uma área de lazer. Pressionado pela população, Cury deve cobrar pressa nas negociações e findo o prazo estipulado, pode ser que a área seja descartada, ou pior: se inicie mais uma batalha judicial envolvendo a Águia do Vale.

O complexo poliesportivo do clube foi cedido pelo ex-prefeito Joaquim Bevilacqua, pelo prazo de 99 anos, continuando à ser patrimônio municipal. Dentro das possibilidades jurídicas do clube, foi descartada uma compensação financeira pela área e agora a troca em um terreno na zona norte da cidade, com estrutura e alojamento para jogadores e outras melhorias de acordo com a avaliação do valor do terreno.

Dentro de todo este imbróglio, está uma triste realidade: a parte social do clube não tem saúde financeira para manter o complexo com o número atual de sócios, e podem aparecer disputas jurídicas em razão dos sócios em dia que tem o direito de serem ressarcidos no caso da parte social não existir mais.

Além desta situação, estão por vir as eleições do clube e esta possível negociação ultrapassaria o prazo de lançamento do edital, que acontece em setembro e que tais negociações podem ultrapassar até o mandato da atual diretoria, que se finda no final do ano e que terá disputas internas pela presidência da agremiação. Luís Roberto Porto, Wilson Renato, Henrique Ferro, Robertinho da Padaria e José Luís Nunes serão peças fundamentais na construção do São José que está por vir, resta saber como irão interagir estas forças dentro da política do Conselho que tem a “soberania” sobre os destinos da Águia.

É esperar para ver as reais intenções que cercam as negociações do Poliesportivo e o que pensam estas cabeças sobre o futuro do São José.

Novo staff do São José com parceira sem nome

Tonho Gil chegou. Junto com ele sua única exigência: seu auxiliar técnico Felipe Gil, seu filho. Cumplicidade à parte, até porque é um técnico à altura do campeonato que a equipe vai disputar, o curioso são os outros parceiros que o São José apresentou na última sexta-feira.

Eduardo Soares, capitaneando e capitalizando alguns investidores no clube, trouxe alguns conhecidos seus, sem uma empresa formalizada, para tocar o futebol do São José na Copa Paulista, com intenções de montar o time na série A2. Para quem não se lembra, Eduardo tocava o futebol juvenil da águia ao lado de Eduardo Penellupi. Fez algumas transações que lhe renderam o retorno do investimento que fez no clube. Nada absurdo.

O que intriga e chama a atenção é a sobreposição de pessoas no comando do futebol do São José. Um novo diretor de futebol da parceira "sem nome" é Sérgio Vertello (foto), ex-jogador do Juventus da Moóca e do Vasco da Gama.

O mais interessante é o que vem: Ricardo Agnelo D’Ângelo, vinculado à AK Sports e que participou das negociações que troxeram Defederico ao Corinthians é o novo diretor de Marketing da parceira "sem nome".

Quais serão as disposições e os papéis de Robertinho, José Luis e Chales Silva, Diretores que participaram da Campanha da Série A2-10? Parece que nem isso está muito bem definido.

Ou seja, o departamento de futebol do São José para esta Copa Paulista está terceirizado e os trabalhos efetivamente começam nesta próxima segunda-feira (14) com poucos jogadores do clube e os jogadores que serão colocados na vitrine pela parceira num campeonato deficitário.

Das duas uma: Se o clube for bem na competição, o retorno do investimento será bom na negociação de jogadores da parceira. Se for mal, será mais um capítulo na calejada história do torcedor que infelizmente já está se acostumando com uma decepção depois da outra. Aguardemos os próximos capítulos.

Será o fim da novela?

O professor Alberto Simões antecipou e pode ser o fim da novela em relação ao rumo que a Águia do Vale pode tomar no segundo semestre. O nome de Tonho Gil surgiu como um dos possíveis técnicos do São José para a Copa Paulista-10 e pode ter sua contratação finalizada esta semana. O início dos trabalhos em preparação para a competição devem acontecer no final desta semana. Jogadores do clube e remanescentes da série A2 que não conseguiram colocação nos clubes que vão disputar o Brasileirão em todas as suas séries devem ressurgir no São José, além de jogadores que já tem contrato e foram renegados na segundona deste ano.

Embora não seja unanimidade entre os diretores uma ação ousada deste porte antes de uma eleição no clube, é vista com bons olhos por parte do torcedor a contratação do Campeão do Interior Gaúcho de 2009 com o Ypiranga e que estava no Brasil de Pelotas em 2010, que não conseguiu sua classificação para a segunda fase da segundona Gaucha.

O curioso é que Tonho saiu da equipe que Fahel Jr. assumiu para o Brasileiro da Série C.

Se concretizada a contratação do treinador, dificilmente a diretoria atual deve considerar deixar o São José EC no final de dezembro, como anunciou o presidente Hélio de Souza Fontes em todos os órgãos de imprensa de São José dos Campos. É esperar para ver.